Um espaço à ser conquistado

  • sábado, dezembro 07, 2013
  • Postado por Um Novo Sol PJ
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O texto sobre Educação da Revista Um Novo Sol.

O Brasil possui no ranking mundial das melhores escolas de ensino superior, algumas de suas universidades públicas. A Universidade de São Paulo, nomeada a melhor da América Latina, ocupa posição entre as 20 melhores universidades do mundo fora dos Estados Unidos e Reino Unido. O caráter “pública” de tal universidade, em essência, sugere ingresso universal de pessoas, indiferente à cor ou situação socioeconômica, mas sabemos que não isso que acontece na prática. O vestibular, famosa prova que garante a vaga na faculdade pública, é um dos meios de se garantir que somente pessoas “adequadas” aos padrões de exigência das faculdades públicas, tenham chance de preencher as vagas.

Dentro das próprias universidades, surgem movimentos estudantis a favor da entrada de mais pessoas de baixa renda nas universidades. É o caso do movimento Coletivo Negro, grupo de estudantes negros da USP, que buscam atentar para a questão da exclusão racial: “Nós somos os 4 estudantes negros do curso de direito, nós somos o único estudante negro que entrou no curso de psicologia nos últimos 3 anos, nós somos aqueles que estão no cursinho tentando entrar no curso de medicina. Nós somos aqueles que nem sabem que podem estudar de graça numa universidade pública.” Este trecho, faz parte da carta de apresentação do movimento.

A luta contra a injustiça no ingresso às faculdades públicas, também ocorre fora das faculdades: ela está no suor de quem não tem condições de estudar para o vestibular, mas mesmo assim continua. É o caso de muitos estudantes de cursinhos comunitários espalhados aqui em Guarulhos. E são esses os estudantes que farão a diferença nos espaços públicos das faculdades, pois entendem o quanto é necessário fazer da faculdade pública, um espaço para todos.

Autor: Leonardo Rocha.

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