Sobre rolezinhos e visibilidade social

  • quarta-feira, dezembro 18, 2013
  • Postado por Um Novo Sol PJ
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Me inspiro em escrever sobre isto pelo fato de vivenciar coisas como estas e de tanto ler e reler na internet sobre os "arrastões" e aqui  vamos nós.


"A polícia tinha que meter o pau mesmo, se trabalhassem ou estudassem, não estariam fazendo merda" Caro amigo,  faço das palavras do Cazuza minhas, pra dizer que as suas ideias não correspondem aos fatos.

Mais uma vez, o senso comum, e as opiniões prontas estão presentes, mais uma vez pela influência midiática.

O que me impressiona é o fato de que depois de tantos acontecimentos, como as manifestações, mais e mais o que se vê não é um grito de reivindicação e indignação política e sim um grito desesperado pra dizer: Eu existo!

O gigante não é visto por ninguém, depois de acordar, ele cospe toda falta de cuidado para com ele com inúmeras expressões, muitas das vezes, o grito mais eficiente é o crime, a única forma encontrada para pedir ajuda. Isso mostra o quão os "rolês" tem de significativo para eles, o shopping é o lugar ideal, pois consumir, te faz existir, afinal, vivemos na sociedade do ter. O sistema capitalista é novamente beneficiado pelas consequências dos filhos abandonados da nossa pátria amada Brasil.

Um país com o Índice de desenvolvimento humano na posição 85º, um país com os impostos mais caros do mundo, é um país de todos?

O descarado abandono está na nossa frente: Educação sucateada, saúde precária, falta de saneamento básico e principalmente a não inserção social dos desfavorecidos e marginalizados, muitas vezes chamados de bêbados e drogados, sentimos pena em vez de compaixão.

Concluo afirmando que todo o nosso dinheiro está voltado à maquiagem midiática, a simples e não exposição do verdadeiro problema, com informações mastigadas e opiniões prontas, e como chamamos, é aquele jeitinho brasileiro de colocar a sujeira debaixo do tapete, no fim das contas, tem que limpar, vamos receber visita, vamos manter a postura e esquecer que há muita coisa pra fazer.

Autor: P.R. Oliveira.

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