Há alguma contradição?

  • segunda-feira, outubro 14, 2013
  • Postado por Um Novo Sol PJ
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Vivemos famintos por justiça imediatista. Os meios de comunicação de massa mostram a impunidade das ruas do nosso país, todos clamam por uma policia bem equipada com sede de sangue. No cinema, o nosso herói, o Capitão Nascimento, nos enche de orgulho aplicando a justiça.

O que justifica essa visão absurda e comum de justiça é a preguiça, ou falta de costume de analisar os fatos e acontecimentos com cuidado. Enxergamos o que nos é dado, enxergamos pela superficialidade e tomamos nossas posições após uma observação ligeira das noticias sem conteúdos que é vomitada pelo jornalismo policial e assim temos a visão de justiça a ser aplicada do jeito que o opressor gosta.

Quando falamos de justiça pensamos logo em punição a quem comete crimes, entretanto como é debatida nos nossos encontros de base, a justiça deve ser aplicada como prevenção a criminalidade aplicando-a para que todo sujeito tenha acesso à educação, saúde, habitação digna, condição de vida e direito de viver como de fato fazendo parte da sociedade. Mas é só ligar a TV que as imagens do noticiário policial nos enchem de ódio e clamamos por “Justiça” (pela morte do que comete crime) e esquecemos que uma primeira injustiça foi feita e está sendo feita debaixo de nosso nariz.

Defendemos a luta contra o extermínio, usamos o anel de tucum, usamos camisa da campanha pela vida, fazemos preces pela dignidade humana, rezamos para que os direitos humanos sejam respeitados e assistimos e concordamos com programas policiais que mostra que o policial assassino deve ser o juiz e a punição para crimes é a morte. Não se trata de defender a criminalidade e sim de construir a justiça como fundamento da dignidade humana e igualdade social.
Para que nossa luta a favor da vida seja algo sério, devemos ir além das camisetas de campanha e de anel. 

Chega de compartilhar como “Justiça” a morte de nossos irmãos como soluções de problemas de injustiça social. Com a verdadeira JUSTIÇA vamos construir uma nova terra.

Para encerrar, faço uma prece: Senhor para que nossa SEDE DE JUSTIÇA seja causa de vida para todos, e não de morte para alguns, que possamos aplicar e lutar pela JUSTIÇA que  incomoda o opressor. Rezemos ao senhor.

Para reflexão, deixo aqui uma canção sobre a Justiça que é fonte de vida:


Autor: Wélio Meireles

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