Relatório: Audiência Pública sobre Dependência Química

  • quarta-feira, junho 26, 2013
  • Postado por Um Novo Sol PJ
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A Audiência iniciou com uma breve fala do Sr Divino, que é psicoterapeuta no Projeto Vida. O Projeto Vida possui quatro unidades, sendo elas: Bom Clima, Itaquaquecetuba, Água Azul e um auxílio do Cursinho Pimentas. Divino mencionou que mais de 8 mil pessoas procuram o projeto vida, mas que não é possível atender toda esta demanda sem que o poder público ajude. Às vezes eles precisam apenas de cestas básicas para suprir as necessidades básicas das pessoas em tratamento. Suprir essas necessidades é o primeiro passo, por isso ter alimentação, espaço e apoio do poder público seria ótimo para o projeto. Conta também que 3 de 5 pessoas se recuperam em seu projeto, mas o problema maior é buscar o tratamento que conta com vários ‘setores’ que necessitam de ajuda, como o psicológico, o espiritual e o físico.

A seguir quem se manifestou foi o Dr Vílson  da polícia civil. Ele começou dizendo: “A polícia civil não se omitiu e está presente.” Mencionou também que sem tratamento não tem eficácia, que a solução é trabalhar. Apontou também as prisões em flagrante, a quantidade de adolescentes apreendidos e de drogas também. Garantiu que a polícia está empenhada em combater o problema, que não vão medir esforços e que o poder público pode sim ajudar. Encerra seu discurso dizendo que a delegacia está aberta para qualquer pessoa e, novamente, que a polícia civil não se omite.

O próximo a falar foi o Pastor Roberto que deu o testemunho da sua vida e disse que o poder de Deus e o testemunho de outras pessoas fez com que ele fosse curado. Foi uma espécie de culto. É obvio que o lado espiritual ajuda (e ajuda muito), mas é preciso destacar também, Pastor, que a luta é peça fundamental.

A Dra Solange, que é psicoterapeuta e gerente do CAPS mencionou (em prol da fala do Pastor Roberto) que é um trabalho duro. Disse também que cerca de 834 pessoas são atendidas no CAPS (a menor parcela que precisa) e ressaltou que sem financiamento não dá para ampliar o serviço. Surge a novidade de que serão implantados mais dois CAPS em Guarulhos, um nos Pimentas e outro em São João. Apontou também que defende o trabalho da polícia e que é preciso nos perguntarmos “Que falta é essa que as pessoas sentem para procurar um prazer imediato (drogas)?”

O Sr Carlos, Vice Prefeito de Guarulhos disse que precisamos fazer o trabalho de prevenção e evitar que tenhamos mais dependentes e que é necessário promover esporte, lazer e cultura para a juventude. Atestou também que são poucos casos que funcionam com a internação compulsória, que precisamos ir à raiz do problema. Atestou que sabe que o que o governo faz é muito pouco, mas que está buscando mais investimentos para tratar do assunto e que o ‘viciado’ precisa sair do ambiente onde vive para que o tratamento tenha sucesso. “É muito difícil, mas não é impossível”.

Toninho da Farmácia disse que precisamos combater com todas as nossas forças o tráfico de drogas e incentiva o esporte na cidade para a prevenção das drogas.

O Vereador Rômulo Ornelas diz que o combate se dá na prevenção e que este é um problema de saúde pública. É preciso que todos ajudem enquanto o poder público não auxilia. Atividades que promovem a disciplina dos jovens ajudam bastante e disse que é a favor da internação involuntária, pois conhece casos que funcionaram. “É preciso levar o debate para frente e estou à disposição das famílias que sofrem deste problema”.

Carlos Eduardo – Projeto GUARD (Guarda Civil Municipal) diz que ‘A PREVENÇÃO É A BOLA DA VEZ!’ e que foi vítima das drogas desde criança e que hoje trabalha com a juventude. Os pais precisam abraçar os filhos e não deixá-los a mercê da marginalização. Diz também que o país precisa investir na prevenção e no projeto GUARD.

Honorato – Cursinho Comunitário Pimentas crítica que todos sabem o que fazer sobre o assunto, mas que não o fazem. Diz que a polícia sabe o que fazer: ela prende; e critica a ausência do Conselho Tutelar e da Secretaria do Esporte. Como antigo usuário, ele destaca que foi abandonado pela fé e até mesmo pela polícia; e que alguém foi eleito para lutar pelas famílias e o poder público precisa deixar de se omitir. Encerra seu discurso dizendo que “É mais fácil abrirem mais vagas no cemitério do que quererem ajudar no assunto”.

Ângelo – Conselheiro Municipal da Saúde destaca que o narguilé é um problema e que dentro há droga, mas que ninguém atesta como problema porque não é proibido. “É preciso que trabalhemos juntos”.

Roberval – CONAD: Inicia dizendo que as pessoas têm medo de falar sobre o assunto e que acredita que se o governo tivesse investido muito mais na prevenção, a juventude não estaria perdida. É preciso combater o tráfico de drogas e crítica pessoas que compraram voto. Faz parte da Pastoral da Sobriedade e cobra a expansão dos serviços de tratamento de drogas. Encerra dizendo que Guarulhos é rica mas não tem verba para ajudar as pessoas; Gasta-se dinheiro para alugar o espaço da Câmara, mas não se faz investimento em coisas sérias.


O Pastor da Igreja Batista que estava presente destaca o projeto missionário da igreja chamado “Cristolândia” que não é religioso (mas por que o nome é?), porém gratuito. Destaca que é de classe média alta e que já foi usuário de crack... foi resgatado pelo projeto.

Samuel Aragão – Critica o empenhamento para com o assunto e diz que é necessário o combate, mas atesta também que o poder público se mantém omisso. Diz que o processo não tem que ser somente o de desintoxicação, que 6 meses de tratamento não é suficiente. E enfatiza que o poder público precisa contribuir (mais).

Paulo Henrique – Projeto Vida: Destaca sua mudança de vida, dá o testemunho de tudo o que passou e diz que é gratificante ser voluntário no Projeto Vida. Destaca que não tem preconceito e que se sente bem hoje em dia.

José Barbosa: Acredita na prevenção e destaca o voluntariado junto com o cursinho pimentas. Diz que é culpa de todos, que os pais não acompanham mais os seus filhos e que a defasagem em educação é o principal problema.

Marcelo – Advogado do Projeto Vida: Destaca que devemos começar a acreditar na mudança do ser humano e que a doença precisa ser tratada o quanto antes. É preciso ter mente aberta para mudar o mundo. O caminho é acreditar. “É preciso ter atitudes severas com o combate das drogas”.

Autora: Rafaela Campos.

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