A “luta” das lutas

  • quarta-feira, maio 29, 2013
  • Postado por Um Novo Sol PJ
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Vemos em nossa sociedade cada dia mais com uma maior criminalização de qualquer organização social que vise a defesa dos direitos das camadas mais excluídas da sociedade. No entanto, esse movimento de holocausto, as organizações das classes de menor poder político organizado- porém com maior número de votantes- não se deu, ou se dá de uma hora para a outra e sim desde que se passou a existir a desigualdade entre os homens, e que segundo o filosofo Jean- Jacques Rousseau se iniciou desde que um homem passou a acumular mais do que o necessário para sua própria existência, parto daí para tentarmos dar um passo inicial rumo ao caminho que nos leva à atual situação da luta de todos os movimentos sociais.

A lógica governamental capitalista tende a excluir de seu sistema todos aqueles que possam questionar ou que não se enquadram dentro da sua política de expansão. Dentro desse contexto é possível enxergar cada vez mais nitidamente o porquê da visão cada vez mais negativa frente a figura dos negros, dos ex-presidiários e dos moradores de rua etc.. Sujeitos que não são úteis ao poder segregador e dominador do capitalismo.

Essas situações são plantadas e cada vez mais espalhadas pelos meios de comunicação, que teoricamente deveriam ter um papel de auxiliar na informação da população, utilizam-se de seu vasto poder de alcance para persuadir e causar aos telespectadores- a maioria das classes menos favorecidas- uma posição e um pensamento cada vez mais contrários aos excluídos socialmente e todos aqueles que se organizam em defesa de uma justiça social, ou seja, uma ideologia que nos faz criminalizar a nossa própria classe. Uma criminalização do meu próprio eu. Essa situação de estranhamento entre eu, meus comuns e de nossas próprias lutas.

Esse movimento que o capital e suas matizes defendem é parte de todo o sistema que visa desarticular e desmontar qualquer tipo de organização que se posicione contrariamente a sua lógica, e pouco a pouco essa força vem superando os indivíduos e vem conseguindo vencer aqueles que são a voz e a ideologia do povo, sendo assim nossa esquerda se vê cada vez mais presa ao Sarneys, Renans e Felicianos que se aproveitam e utilizam do jogo político para não mais defender as ideologias partidárias e de sua classe eleitora- coloco como classe, pois considero impossível dentro das atuais situações a defesa de um bem comum- e sim tão somente seus interesses pessoais e de seus apoiadores. Sendo assim, cabe cada dia mais a nós como católicos, ou qualquer que seja a nossa opção religiosa, que nos organizemos e coloquemos em cheque essa lógica governamental e partidarista, que apesar de passados vinte cinco anos da Carta Magna de 88, ainda não conseguiu assegurar à todos os brasileiros a verdadeira igualdade pregada em seus artigos.

Autor: Paulo H. Alves

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