Food e voto aos 16



A cada dois anos é colocado ao cidadão brasileiro uma proposta de execução da cidadania, ao menos é o que podemos enxergar tanto nas campanhas de mobilização para que a maior parte da população vote, bem como por conta do massacre das campanhas partidárias que mais parecem comerciais de shampoo do que necessariamente a exposição de uma proposta de Brasil.

O momento delicado em que estamos, reforça ainda mais o coro de que: “É tudo ladrão mesmo”, “votar pra que se não muda nada?” e que trás consigo o discurso de que votar não adianta em nada. De certa forma isso carrega um pouco de verdade, isso porque o modelo de escolha de representantes políticos que temos hoje, mais parece uma difícil escolha de um sanduíche numa rede de “fast-food” do que a escolha consciente e pautada em um modelo de condução politica que queremos de nossas cidades, estados e país. A discussão sobre esse “modelo” de “democracia” é interessante, porém foge daquilo que pretendemos colocar nesse texto.
Pretendemos falar aqui do já desgastado (?!) direito ao voto facultativo entre 16 e 17 anos, sim o DIREITO não o dever, o que nos leva a pensar de outra forma essa prática que está longe de ser a mais revolucionária dentro da tal “democracia fast-food”, mas que foi conquistado a duras penas e tem um papel importante nas decisões do país.
Chegamos então à cereja do bolo, pois, relembrar que o voto é um direito vai de encontro com um relembrar a nossa história, tanto daquela anterior à 1988, como os recentes acontecimentos de 2013 que trouxeram a juventude dessa faixa etária às ruas, exigindo direitos.
Não concordamos que o voto seja a única ferramenta de mudança social, mas que este carrega muita importância e história no cenário social brasileiro isso não é de negar-se, até porque grande parte da juventude que lê e compreende criticamente a realidade sabe que um voto depositado em uma urna a cada dois anos não é sinônimo de cidadania. Ainda mais em nossa realidade de eleição “fast-food”.
O convite é, portanto, para uma enorme presença nas urnas, mas que não se encerre ali o exercício de nossos direitos e cidadania, pois política se faz todo dia e toda hora!

Por: Paulo Henrique Alves.

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