Diário de bordo Anauê- 12/02/2017

  • quinta-feira, fevereiro 16, 2017
  • Postado por Um Novo Sol PJ
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 PJ Anauê - Filhos de Jah 


 "Somos música e a música nos é" 


Fomos recebidos com abraços calorosos (não necessariamente pela alta temperatura do dia em questão, mas, também, pelo calor do reencontro) e, de mãos dadas, a Rafa fez a oração inicial. Em seguida fizemos uma breve apresentação, pois haviam novos integrantes: a Mari e o Max. Após a apresentação, recebemos pequenos papéis e instruções para colocarmos as vogais dos nossos nomes e criarmos um ritmo para o que havíamos escrito; um ritmo como uma canção indígena. Então, em roda, andamos, cantamos e batíamos os pés com o ritmo de cada um por vez, mas todos juntos.

Fizemos a partilha de como foi a semana de todos. Seguida da leitura bíblica do salmo 150, proclamada pelo Ygor, e discutimos sobre.

E então embarcamos em uma dinâmica. Em circulo, fizemos alguns alongamentos para relaxar (e uma ida ao banheiro, pois não da para relaxar com a bexiga cheia, cheia de tanta água. Como disse, estava realmente calor no dia em questão), então, sentados e de olhos fechados, recebemos um valor em dinheiro (falso, é claro) e ouvimos 6 músicas, uma de cada vez, e com gêneros bem distintos. Enquanto cada música tocava, tentávamos senti-la e decifrá-la, e quando acabasse, podíamos dizer palavras que a música nos fez sentir, o que elas expressaram a nós. Ao final das 6 músicas, abrimos os olhos e começamos um leilão, onde cada um poderia oferecer um valor em dinheiro pela música.

Depois dos lances, discutimos sobre o preço das músicas, e sobre o que os artistas realmente queriam expressar. Como uma música "festiva" e "alegre" poderia expressar, com suas letras e quase que desfaçadamente, raiva, tristeza, solidão, vingança... discutimos também sobre o valor que demos em cada música ou mesmo quando não oferecemos algo por ela, por que não tínhamos afinidade com a música (e que a música pela qual temos afinidade ou mesmo as que fazemos, tende a transpassar um pouco de como somos. Como fazer uma batida "alegre" e "festiva" mas passar, através da letra, uma certa angustia, vingança, desejo e afins, mas com a batida "alegre" expressar, também, uma certa força) e sobre o valor de cada música, pois pode não ter valor para uma pessoa (como mostra a dinâmica) mas no mundo de alguém, ela têm.

Fomos instruídos a construir um poema como nosso salmo do encontro, então, divididos em dois grupos ( com a velha "tática de guerra" do 1,2,1,2,1,2) começamos, e passando alguns segundos escrevendo, trocamos de papel entre os grupos para que o outro continuasse. Eis a obra:
"A música é a trilha sonora que nos faz querer dançar.
Pular e se alegrar sem querer parar.
A música me incentiva e alegra o meu dia.
Com ela eu vivo com muita ousadia, ou melancolia,
dependendo da harmonia."
Podemos dizer que a música é como a respiração/transpiração da alma, as vezes ela está triste, mas quer parecer forte, ou se revoltar; esbanjar felicidade e gratidão; curtir o amor ou apenas senti-lo mais uma vez. Manifestando um pouco do nosso ser e, as vezes, quase sem querer.

TEXTO: Gabriel Bilatto



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