Relatório Final do Acampamento - Comentários sobre o senso comum

  • terça-feira, fevereiro 12, 2013
  • Postado por Um Novo Sol PJ
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Contar estrelas provoca nascimento de verrugas?

Desde a infância aprendemos a não questionar as coisas, por serem óbvias e porque nos parecem naturais. Aprendemos, como se fosse uma regra da sociedade, a afirmar como “verdade” o que nos parece tão sensato e razoável, a passar adiante as “verdades” afirmadas sem um aprofundamento, aprendemos a enxergar as coisas pela suas superficialidades.

Foi em uma reflexão como esta que os jovens, que estavam no V Acampamento da Juventude, foram convidados a refletir. Observei ali que o assunto foi tratado com muitos exemplos “perigosos” o que causou a falta de compreensão por parte de alguns. Senso comum e Senso critico, afinal, o que são? Quais são a “verdades” que afirmamos e compartilhamos sem um embasamento teórico, ou afirmamos sem questionar? Como devemos usar o senso critico para verificar e agir nas coisas ou nos acontecimentos?

No senso comum o sujeito analisa superficialmente “o caso” com a possibilidade de acertar, usando muitas das vezes exemplos isolados, como por exemplo, aquele mito que diz que contar estrela nasce verruga naquele que as conta, provavelmente esse mito não nasceu por acaso, deve que por coincidência alguém após contar estrela constatou verrugas em seu corpo, e associou a contagem das estrelas com suas verrugas, sem pesquisar como surge a verrugas e por que surgem, passou a acreditar e compartilhar tal confusão.

No senso critico “o caso” é analisado cuidadosamente, sem generalizações imediatas e é necessário, entre outras coisas, examinar sem idéias pré-concebidas do caso.
O senso critico, ou atitude crítica exige em primeiro lugar, como diz a filósofa Marilena Chauí, dizer não, não ao senso comum, não as ideias que todos compartilham, dizer não ao que está estabelecido; outra característica do senso critico é questionar, questionar “O que é?”, “Por que é?” e “Como é?” e procurar respostas.

Levando estas “idéias” de senso critico a nossa realidade, como podemos exercer tal atitude em meio aos acontecimentos que envolvem a juventude? Recorremos ao método libertador, muita das vezes citado em nossos grupos de base e na prática esquecido, o método ver, julgar e agir. Antes de agir devemos ver quais são os problemas, onde e por que surgem, ver os problemas na sua raiz; em seguida julgar, tendo como base os textos bíblicos, deve-se ver o que pode ser feito e em seguida agir. Após agir temos ainda avaliar para enfim celebrar.

Para que a Luta não se baseie apenas em belos discursos teóricos, ou em Ações imediatas e precipitadas pelas opiniões do senso comum, coloquemos o exemplo de Jesus frente a nossa luta. Sejamos simples nas palavras e Sábios nas ações.

Autor: Wélio Meireles

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