Jeitinho brasileiro e o grito popular - Grito dos Excluídos 2013

  • segunda-feira, setembro 16, 2013
  • Postado por Um Novo Sol PJ
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Se há um jeito de falar sobre o Grito dos Excluídos, é desse jeito que vai ser.

"Ah, já está sujo, que diferença faz se eu jogar só isso." Diz o brasileiro que joga lixo no chão. Quantas vezes você já ouviu isso? E há outras frase primorosas: "Por que eu tenho que fazer isso, se outro pode fazer?" em relação ao lixo tem a frase: "Tem gari pra limpar". Este é o famoso jeitinho brasileiro.

Todos nós temos uma fatia de comodismo, porém o brasileiro normalmente tem uma inclinação maior a isso, mas não entenda mal, quando digo inclinação, não estou afirmando que o brasileiro faça isso, mas a tendência é esta.

Você já reparou ou já viu alguma revolução mudar algo aqui? Nenhuma revolução deu certo, toda a ''mudança" acontecida foi por meio de acordos políticos. É a mania de fazer tudo de última hora, é a mania de improvisação, que para início parece dar certo mas a longo prazo acarreta e exige o planejamento que não houve antes no início.

Daí temos um monte de problemas, cidades mal planejadas, mobilidade mal planejada, cultura mal planejada e etc. Mas o Brasil não tem nada de bom? Tem sim, o futebol, um esporte inteligente, que nos dá um discernimento melhor das coisas, afinal está na mídia nacional e internacional sempre não é? Ficar no sofá vendo televisão o dia todo é tão gratificante. Faça-me o favor, por que todo brasileiro se sente ofendido quando criticamos o futebol? Caso não saiba, o futebol tem o objetivo de nos anestesiar, tirando de nós o bom senso, é normal um médico ganhar o que ganha e um jogador ganhar o triplo?

E por isso houve manifestações, porém perdeu o foco,  esta era na maioria das vezes, uma luta alienada. Por quê? Porque muitas pessoas iam e não sabiam o que queriam, foi porque chamaram, foi porque não tinha aula ou estava de folga. Para você reivindicar algo, precisa ser trabalhado e debatido, precisa amadurecer a ideia, foi isto que fizemos antes do Grito dos Excluídos.

Nos reunimos em quatro encontros, chamadas de tardes populares, e discutimos cada tema proposto, e ao final do quarto encontro e dos debates, fomos as ruas, pois quando se tem certeza do que quer, você precisa mostrar pra outras pessoas. Não fomos de verde e amarelo, não pintamos nossa cara, fomos de corpo e alma. 

Autor: P.R. Oliveira.

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