Relatório: Terceiro encontro CF 2013 - 02/03
- quinta-feira, março 07, 2013
- Postado por Um Novo Sol PJ
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Tribos: A liberdade, o direito e os princípios
individuais
Cada um de nós tem características
individuais, mas é claro que hoje em dia podemos identificar uma pessoa pelo o
que ela veste. Cada um tem sua tribo e todos nós somos rotulados.
A música está ao nosso redor e existem vários
tipos de tribos musicais, onde as pessoas se reúnem por compartilhar algo em
comum. Estas tribos têm suas próprias características, assim como as pessoas
que se encontram nelas. Muitos jovens buscam a cada dia encontrar pessoas que
tenham gostos semelhantes e assim vão formando a sua identidade. Acontece que
alguns grupos se fecham em si e muitas vezes o que eles levam como “ideal” fica
acima do respeito pelo próximo, causando muitas vezes brigas com pessoas que
não aderem ao mesmo estilo. Muitos jovens são influenciados pelo grupo em que
fazem parte. Pode-se dizer que ali há um senso comum, que faz com que o
pensamento das pessoas que fazem parte do grupo sejam supérfluos, fazendo com
que suas mentes fiquem “fechadas”, que eles não aceitem novas opiniões ou novas
características para o que eles gostam.
Com o passar do tempo podemos notar que muita
coisa mudou na sociedade. O homem já não se trata da mesma forma e parece que
alguns direitos foram esquecidos. Esquecemos o real sentido de liberdade, que é
o poder que o homem tem de fazer tudo o que não prejudique o direito dos
outros. A liberdade tem interferido na vida do outro a partir do momento em que
abusamos de nosso próprio direito de ir e vir, não respeitando o próximo, que é
um ser livre para ouvir o que desejar, no lugar em que quiser. Mas pergunto-me
se ao ouvir o que desejamos, no lugar em que quisermos, não estamos abusando do
direito do próximo também. Acima de liberdade, devemos ter respeito para com
aqueles que não estão conosco todos os dias e não nos conhecem, como os nossos
amigos. Todos temos limites, princípios, porém não conseguimos conhecer o
limite do próximo só de olhar para o seu rosto... por isso o tal do respeito.
Na década de 60, as pessoas não tinham tanta
liberdade como têm hoje. Algumas pessoas acharam meios para expressar-se e a
música fez parte disto. Chico Buarque e Gilberto Gil, por exemplo, compuseram
uma música chamada Cálice, que foi censurada pelos líderes da época, mas eles
não ficaram parados, encontraram meios de apresentá-la e fazer com que o povo
tivesse voz. Os direitos desta época eram totalmente diferentes do que temos
agora. Mas a música serviu como uma ferramenta para expor pensamentos e até
hoje é assim, a diferença é que os tempos mudaram e a cada dia as pessoas mudam
também.
Devemos ser maiores que as rivalidades,
devemos no mínimo respeitar o outro. Nossos princípios são individuais e é mais
do que justo lembrarmos a cada dia que a pessoa que está ao nosso lado também
possui os seus. Devemos ressaltar que a liberdade só é justa quando não
interferimos no direito dos outros, assim viveremos bem e em comunhão.
Mas fica uma pergunta: O que seria de nós sem
as nossas diferenças?
Autora: Rafaela Campos
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