Padrões e como somos manipulados para segui-los.

  • sexta-feira, setembro 29, 2017
  • Postado por Um Novo Sol PJ
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Em mais um encontro do QUEBRARTE - PJ LAVRAS, do dia 17/09, começamos com uma "dinâmica", fomos em silêncio para uma sala onde havia algumas cadeiras enfileiradas. Cada um sentou em uma cadeira, em seguida a Laryssa se levantou e muitos perguntaram pra si o motivo dela estar fazendo isso, mas em seguida outras pessoas se levantaram e até que no final TODOS fizeram a mesma coisa que ela, sem saber o real motivo daquilo. Acabando a dinâmica teve um momento de discussão, para sabermos o real motivo daquilo. No caso, a Laryssa estava levantando e sentando, era apenas isso, mas será que no nosso dia a dia a gente faz isso? Repete o que o outro faz sem saber o real motivo daquilo? Será que fazemos o mesmo só pelo fato de confiar na pessoa sem saber se aquilo vai ser vantajoso? Muitas vezes seguimos o bonde e "Aonde a vaca vai, o boi vai".
Depois dessa discussão nos dirigimos para outra sala onde havia algumas caixas espalhadas. Ao som de "Faça a diferença" da Karol Conka, fomos observar o que estava escrito em cada uma das caixas.
Nelas estava escrito as seguintes frases: "Moda tumblr" "Cabelo afro (mas tem que ser definido)" "Rolezeiros (nós somos rolezeiros)" "Pessoas acima do peso (mas tem que se aceitar, não pode emagrecer" "Geração fitness (não para ser saudável, mas sim para ter o corpo escultural)"
Partilhamos sobre esses assuntos colocados nas caixas, cada um dividiu sua opinião sobre o que achava de cada tema e algumas pessoas falaram de si. Algumas pessoas partilharam sobre o cabelo afro, que alisava, mas não se sentia bem, outras sobre isso de ser "rolezeiros", pra você ser um deve beber se não você não está nos padrões. Isso tudo envolve os padrões, machismo, moda, competitividade.... Por que não sermos diferentes e derrubar esses padrões?!

E antes de encerrarmos esse encontro pesado, a Lays leu o um poema feito por ela (UAUUUUUU)

"Pare de se cabeça dura
E comece a entender
Que negro a gente na atura
Que gay não tem cura
E se tu pensa assim o doente é você​
 Olhe pra frente
Comece a enxergar
Talvez o problema não está naquele que você aponta
 Afinal gente é tudo igual
Mas tem uma coisa que é diferente
Que difere a gente
Essa coisa é nossa mente
 Qual a diferença?
É que uns usa e outros não
Aquele que se acha melhor que seu irmão
Certeza não usa essa função
 Está um pouco limitado
Nesses padrões que foram implantados
Homem, branco, hetero cis
Parece que estamos um pouco sistematizados
 E é essa sistematização que nos leva pra prisão
Dos padrões despadronizados
 O gay a bicha o viado
Afinal é preciso de uma categoria para os mais afeminados
 O negro moreno o pardo
Até de café com leite já fui chamado
 A pra dá uns pega
Pra namorar
Pra casar
E é pelo tamanho da minha saia que eles vão me julgar
 Chega
Estamos cansados
Fartos
Não queremos mais ser esteriotipados
 Levantaremos gritos
Porque não queremos seguir os padrões que nos foram implantados
Se não formos escutados gritaremos mais alto
 E de uma coisa vocês podem ter certeza
Nunca mais ficaremos calados"

Autora: Lays Santos (essa menina é top mesmo)

Depois do poema fizemos uma mística final que foi para refletir e juntar todas as caixas. Pensar em parar de segregar a luta dos lgtbs, negros, índios e se unir, pois existe uma caixa muito maior que engloba todos, que é O PROJETO DE CRISTO, colocar o projeto de Cristo à frente. Sempre somar e nunca dividir.

Lutar pela causa do outro, ficar no mesmo degrau e não se colocar acima, mas buscar a igualdade. Fazer a causa do outro A SUA TAMBÉM!

Ter empatia pelo próximo, perceber o quanto devemos lutar e ajudar o próximo (negros, lgtbs, índios...).

Com isso tiramos dois tijolos, mostrando que estamos "Quebrando barreiras e derrubando muros". 






















Relato sobre o encontro:

"Gostei bastante. Acho que foi super importante termos um diálogo tão aberto e sincero, sobre assuntos que estão tão presentes em nosso cotidiano, porém, que as vezes acabamos analisando superficialmente e nos "deixando influenciar" - Laryssa

Por: Rafaela Rocha



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